quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Apego ao passado - História do Mário


Tenho pavor de me casar e depois ser traído.
Talvez por isso, já quase com 50 anos, faço a minha vidinha com a minha mãe,
que ainda é quem me compreende e trata de mim.
O pior é que ela está já muito velhota, e o meu medo é vê-la partir.
Acho que não ia aguentar.

~ . ~ 

Pois é Mário, muitas vezes por medo do futuro, apegamo-nos ao passado, pensando que nele está intrínseca toda a nossa segurança. Há coisas que gostamos de contrariar, mas que por mais voltas que se dê não conseguem ser contrariadas.
Na verdade vivemos entre um passado e um futuro, quando o único tempo que realmente existe é o momento presente.
Ficarmos presos ao passado é uma forma muito pouco sábia de usufruir a vida, pois inevitavelmente deixamos de a viver em toda a sua graça e plenitude.
Cobardemente culpamos todas as pessoas que sentimos nos magoaram, todas as experiências difíceis, todas as situações em que perdendo o controlo nos descontrolamos por completo, e fazemos disso o nosso trofeu para nos mantermos vitimas de um passado, somente por medo de assumirmos a responsabilidade sobre a nossa vida e as nossas escolhas.

Mantendo a nossa atenção no passado e a nossa cabeça no futuro, jamais poderemos viver a terna e eterna magia deste eterno presente. 

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